



A série fotográfica é fruto de expedições realizadas nos arredores da capital tocantinense, captando as peculiaridades encontradas nas formas do bioma do Cerrado. Formas abstratas surgem em meio a riqueza da natureza, a subtração da cor busca realçar o valor dos distintos formatos e texturas naturais.




O caráter permanente das vivências humanas são igualmente experiencidas pela natureza, onde a única constância é a mutabilidade. O ciclo da vida, nascimento, crescimento é morte é inerente aos seres vivos, nos levando a evocação do caráter frágil e efêmero da natureza.
Debaixo do Pé traz uma abordagem acerca das árvores, ao dar enfoque na vivência e memória experienciadas sob elas, por meio de pinturas de caráter quase abstracionistas e cores vibrantes.
A artista possui um encantamento pela vitalidade e sagacidades das plantas tropicais, uma vez que se mostram exuberantes em cores e formas, mesmo diante da necessidade de sobrevivência às altas temperaturas.
Neste estudo, a autora traz as imagens da planta Costela de Adão, como instrumento de questionamento sobre a forma como o papel da mulher vem sendo contada pela sociedade através da história e das religiões.
A proposta busca fazer uma analogia entre as formas geométricas e seu aspecto de encaixe, em paralelo às cobranças sociais e comportamentais, que recaem sobre homem contemporâneo, levando a reflexão sobre como as pessoas tem lidado com a -sua própria - necessidade de adequação.
Neste espaço a artista traz obras repletas de elementos dourados e com texturas, com o intuito de remeter ao valor que devemos dar à terra. A representação do valor e da riqueza através da cor metálica, e as formas orgânicas da terra exprimidas pelo trabalho com massa de modelagem.
A temática natureza, um constante nos estudos e linguagem da artista, está nesta série sob a perspectiva in closer, ou seja de uma visão muito próxima da planta, tornando ela o foco único da obra. De perto mostra a natureza sob uma perspectiva bem próxima da natureza, fazendo com que os olhos do espetador percorram as formas numa dinâmica envolvente.
Durante toda sua vida a artista viveu em cidades abarcadas pelo cerrado. Aqui ela reproduz essas belas árvores nativas, como uma forma de homenagem aos ipês que sempre fizeram parte do seu cotidiano.