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Laboratório - Praça dos povos indígenas

Atualizado: 26 de nov. de 2021

Em uma reunião decidindo o cronograma de nossas atividades decidimos fazer quatro laboratórios, que são nada mais do que experimentos com materiais coletados na natureza. Através desses experimentos, poderemos obter as respostas que as coletas dos materiais da natureza nos inspiraram a criar, e, por conseguinte, exercitar nossa criatividade vinculada aos "produtos" que o cerrado oferece, construindo o conceito a partir das obras dali decorrentes.

Como primeira parada optamos em trabalhar na praça do povos indígenas, no centro da cidade de Palmas-TO, onde famílias e amigos se reúnem para realização de atividades físicas, lazer, reuniões, etc. Esse espaço é permeados de árvores e arbustos típicos do cerrado, nos dando um vasto material para o exercício a ser realizado.

Explorando o ambiente vimos uma planta da família da lobeira, mas esta possuía pétalas de cor branca e o miolo (androceu) em amarelo. Notamos também outra diferença, nesta não havia espinhos, mas somente pequenos "pelinhos".

Contemplando o espaço me deparei com algumas folhas de aparência intrigante, pareciam de certa forma carbonizadas, e estranhamente algumas tinham um fundo cobre como que enferrujadas. Aquele efeito da natureza parecia as folhas eram feitas de metal, algo produzido como uma obra de arte.

Paramos então embaixo de árvores de médio e grande porte, onde numa clareira, havia mesas de concreto que os daria o apoio pra o nosso trabalho. A primeira ideia que tivemos foi de colocar pigmento de tinta em pó (tipo xadrez), no tronco de uma árvore para fazer a impressão da textura da casca e colocar o tecido em cima, apalpando-a com delicadeza para que passasse a impressão para o pano. Após jogar o pigmento a textura da planta ficou ainda mais evidenciada. O registro abaixo capta a beleza do caule afetada por um raio de luz solar.

Fizemos a coleta de folhas que encontrávamos ali no local, e usamos tanto as mesas de concreto quanto as próprias árvores como suporte para secar as impressões.

A incidência de algumas partes de luz entrando por entre os galhos das árvores criava a todo momento um efeito incrível sob o trabalho que estávamos realizando, as luzes em formatos de folhas ou outros abstratos refletiam a luz sob as obras, como a luz que a árvore não conseguia "deter" perpassava e e então li se formava um espetáculo a parte, mudando a cada instante.

Nos dois vídeos abaixo podemos ver como o processo de pigmentação é realizado pelos pesquisadores.



Fizemos a coleta de pigmento natural, uma terra levemente avermelhada e a utilizamos em algumas peças.

As obras abaixo, mostram a riqueza do resultado das impressões que fizemos em monotipia, através do processo de positivo e negativo, utilizando vegetação do cerrado, cola e pigmentos em pó sobre tecido, resultando em uma experimentação exitosa.

Após algumas horas naquela praça, fomos ao ateliê Rossana Mendes, onde fizemos a impressão da embaúba, em um tecido de 3 metros de voal.

Por fim, trazemos em destaque a lobeira, essa planta que serve de alimento para o lobo guará, possui essa belíssima flor, em que seus tons roxos fazem um perfeito contraste com o amarelo, cores diametralmente opostas entre si.



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